Resenha: Capital Inicial comanda coro “Fora Temer” em apresentação politizada

Antes de pisar no palco do Rock In Rio, Dinho Ouro Preto já havia avisado a todos: o show do Capital Inicial iria ser explosivo. De fato, ficou nítido que a banda escolheu a dedo cada faixa do repertório para preencher apenas o tradicional tempo de uma hora dada pela produção do evento às primeiras bandas do Palco Mundo.

Na estrada com o show do DVD Acústico, Dinho e companhia tiveram que esquematizar do zero a apresentação para o festival. Três guitarras, percussão, caveira no telão de led e muitas labaredas de fogo se uniram a “O Bem, O Mal e o Indiferente”, do mais recente disco de inéditas “Saturno” (2012), “Independência” (1987) e “Quatro Vezes Você” (2002) e deram o tom de início deixando a plateia nas mãos de Dinho. Daí para frente, ele fez o que quis.

(Fotos: André Bittencourt/Multishow)

No entanto, antes de iniciar seu discurso político, Dinho aqueceu os vocais dos 100 mil pagantes com a única música a baixar o ritmo, o mega sucesso “Primeiros Erros”. “200 mil mãos para cima, como se fosse uma seita”, invocou.

O show voltou ao tom elevado logo na sequência com “Mulher de Fases”, do Raimundos (banda que estava no Rock In Rio e se apresentou em um palco de um dos patrocinadores) e a banda aproveitou a necessidade de protesto do público – vista em quase todos os dias – para comandar o maior coral de “Fora Temer” da edição. “Fora, Temer. Fora, todos”, disse mostrando o dedo do meio de ambas as mãos. Dinho também falou da violência no Rio, pedindo que os cariocas presentes votassem melhor nas próximas eleições antes de introduzir “Veraneio Vascaína” (1986). “É hora de escolher outras pessoas, chega desse povo”, mandou.

Após música urbana, o maior momento de protesto: “Que País É Esse”, da Legião Urbana, teve citação a Eduardo Cunha, Dilma Rousseff, Aécio Neves, Sérgio Cabral e Michel Temer e Dinho regendo um “ei, Temer vai tomar no **” por alguns segundos.

“Natasha” e “A Sua Maneira” encerraram o show com o vocalista indo pra galera além da passarela. Resumir 30 anos de carreira em um repertório de uma hora pode ser sacrificante com algumas faixas preferidas dos fãs, mas o Capital soube pontuar e preferiu não arriscar. Foi explosivo como o anunciado pelo vocalista? Sim e nem o falatório de Dinho durante todo o show – que podia ter sido reservado para o ápice das críticas do governo – certamente prejudicou o desempenho dos veteranos para a catarse do público presente.

Por Amanda Faia

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