Resenha: Red Hot Chili Peppers sai cedo do campo de jogo e show “curto” deixa o público querendo mais

O clima na Cidade do Rock era favorável e o Red Hot Chili Peppers subiu a campo em totais condições de marcar um gol de placa. A escalação de hits radiofônicos dos anos 1990 e 2000 funcionaria bem e não haveria necessidade de troca. Até mesmo o esquema tático – que privilegiou faixas de BloodSugarSexMagik (1991), álbum responsável por catapultá-los ao estrelato -, diferente do habitual, parecia fluir sem grandes problemas. Mas por alguma razão a bola não entrou.

O relógio apontava 0h30 quando Flea começou uma levada estrondosa com seu baixo ao lado da guitarra de Josh Klinghoffer (e sua munhequeira com as cores do Brasil) e a bateria precisa de Chad Smith. A chamada “Intro Jam” já é um hábito nos shows da banda, que logo em seguida emendou com “Can’t Stop” (2002), cantada a plenos pulmões pelo público. Logo de cara, o baixista agradeceu “a oportunidade de tocar no mesmo festival que o Sepultura”.

A sequência com “Snow ((Hey Oh))” (2006) e “The Zephyr Song” (2002) antecipou o clima mais ameno que pontuaria a apresentação, contrastando com a performance da edição de 2011, quando optaram por canções mais “funkeadas”. Em alguns momentos o andamento acelerou um pouco mais, como em “I Wanna Be Your Dog” (1969), clássico dos Stooges, em dobradinha com “Right On Time” (1999) e a dançante “Go Robot” (2016), esta última do mais recente trabalho “The Getaway”. O primeiro momento “mãozinha pra cima” foi em “Californication” (1999), com muitos celulares para o alto.

Ainda que não tenha rolado qualquer tipo de menção, o Red Hot enfilerou quatro canções de BloodSugarSexMagik, álbum que completou 26 anos de lançamento neste fim de semana. As raras “Sir Psycho Sexy”, “They’re Red Hot” e “The Power Of Equality” deixaram morna a temperatura de um jogo que só voltaria a esquentar com “Under The Bridge”, também de BSSM, e “By The Way” (2002), que inflamou as milhares de pessoas no local. Pausa para o intervalo.

Na volta a campo com “Goodbye Angels” (2016), Anthony Kiedis despertou curiosidade dos fãs mais atentos porque passou boa parte do tempo agachado na frente de uma caixa de retorno “lendo” a letra da canção. Não tem sido raras as vezes em que o vocalista é acometido por lapsos de memória nesta turnê. No fim, a banda lançou-se à frente com uma versão anêmica de “Give It Away” (1991). O ataque californiano foi desarmado e brecou a explosão de uma “torcida” brazuca que aguardava ansiosamente para gritar “gol”.

O golaço prometido não saiu e muitos foram embora com o gosto agridoce de um “empate”. Culpa do Guns N’ Roses, que na noite anterior fez o maior show da história do Rock In Rio – foram três horas e 20 minutos contra “apenas” uma hora e 40 minutos dos Chili Peppers (o próprio Chad Smith testemunhou o feito). Longe de ter sido uma apresentação fraca, mas não custava dar aquele último gás e rolar a bola até (pelo menos) duas horinhas?

SETLIST:
Intro Jam
Can’t Stop
Snow ((Hey Oh))
The Zephyr Song
Dark Necessities
Did I Let You Know
I Wanna Be Your Dog (The Stooges cover)
Right on Time
Go Robot
Californication
Tell Me Baby
Sir Psycho Sexy
They’re Red Hot (Robert Johnson cover)
The Power of Equality
Under the Bridge
By the Way

BIS:
Goodbye Angels
Give It Away

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