Resenha: Sepultura mistura heavy metal com instrumentos de corda da Família Lima em apresentação especial no Palco Sunset

Se nesta edição do Rock In Rio faltou uma noite dedicada ao metal, o Sepultura supriu a carência dos fãs do gênero com uma apresentação preparada exclusivamente para o festival. “Hoje o Palco Sunset representou o heavy metal no Rock In Rio”, disse o guitarrista Andreas Kisser. Desta vez, a novidade foi a participação de integrantes da Família Lima durante a maior parte do set que priorizou as canções do mais recente álbum “Machine Messiah”.

Crédito: I Hate Flash

Sem abrir mão do peso – o que dificultou um pouco a audição dos violinos dos convidados especiais -, o Sepultura segue trazendo inovações ao palco secundário do festival. Se em 2011 a banda tocou com o grupo de percussão Tambours du Bronx, na edição seguinte foi a vez de convidar Zé Ramalho e fundir metal com MPB. Com um trabalho que apresenta novidades jamais utilizadas pela banda como orquestra, teclados e guitarras duplicadas, era de se esperar que tentassem uma sonoridade inusitada.

A explosão de velocidade, variações, contratempos, riffs mortais e vocais urrados são elementos de “I Am the Enemy”, primeiro single do novo álbum e que abriu o show. Apesar de curta é emocionante ouvir as cavalgadas que o guitarrista Andreas Kisser” impõe na faixa. Música típica e característica da atual fase da banda. Na sequência, os caras mantém a já tradicional exploração em instrumentos percussivos com “Phantom Self”, acrescida de elementos orquestrais.

Pela primeira vez o Sepultura tocou ao vivo a faixa-título de seu mais recente trabalho. “Machine Messiah” tem um andamento mais arrastado e vai ganhando velocidade no decorrer da canção. Mais calmo e suave, os vocais de Derek chegam a ser irreconhecíveis devido a leveza com que o mesmo impõe ao interpretá-la de maneira introspectiva. Rica em elementos, a instrumental “Iceberg Dances” mistura uma explosão de intensidade aos ouvidos – com teclado, percussão, violão -,alguns dos instrumentos utilizados nesta canção instrumental. Já “Sworn Oath” explora os teclados e imprime um clima de suspense e tensão, bem diferente de tudo que o Sepultura já fez.

Crédito: I Hate Flash

Durante “Resistant Parasites”, mais uma faixa nova com sonoridade mais clássica, as câmeras de TV flagraram Supla sendo carregado pela “sepulnation”. E claro que os clássicos foram posicionados para o fim. “Arise”, “Refuse/Resist”, “Rattamahata” e “Roots” coroaram uma apresentação diferente, mas extremamente bem executada. Foi interessante ver Derrick em vocais menos guturais, assim como o baterista Eloy Casagrande, um monstro das baquetas que conferiu ainda mais peso. O Sepultura é um excelente exemplo de quão bem um grupo pode soar mesmo com grandes mudanças de formação sem decepcionar seus fãs mais ávidos. Tá aí uma apresentação que merecia ter acontecido no Palco Mundo.

SETLIST:
I Am The Enemy
Phantom Self
Kairos
Inner Self
Machine Messiah
Iceberg Dances
Sworm Oath
Resistant Parasites
Arise
Refuse/Resist
Ratamahatta
Roots Bloody Roots

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Fonte: http://ift.tt/2xz4E03

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