Resenha: The Who repassa a história do rock britânico com show energético

O Rock In Rio fez história no início do ano ao anunciar o primeiro show do The Who em terras brasileiras, mas ao posicionar a banda britânica com 53 anos de carreira para tocar antes do Guns N’ Roses causou estranheza para muitos. A ideia de colocá-los como “co-headliner” poderia ter prejudicado um espetáculo que provavelmente não se repetirá por aqui. Poderia…

Para termos dimensão do quão grandes são os feitos de Roger Daltrey (voz) e Pete Townshend (guitarra), poderíamos mencionar que Axl Rose costuma cantar “The Seeker” (1970) nos atuais shows do Guns. O The Who também se notabilizou por quebrar instrumentos no palco e serem considerados como os músicos mais barulhentos. Ou então citá-los como inventores do que chamamos de ópera-rock. Ainda que não lance material relevante há mais de três décadas, o seminal grupo britânico tem muita história para c(a)ntar. E foi o que fizeram no Palco Mundo.

(Foto: André Bittencourt/Multishow)

Diante de um palco simples, com grandes amplificadores e um telão que passa vídeos “retrospectiva” que recordam os falecidos integrantes Keith Moon e John Entwistle, o que importa para Roger e Pete é a música – ainda que grande parte seja apresentada com andamento mais lento. Afinal, ambos já estão na casa dos 70 anos. Boa parte do repertório escolhido vem de três álbuns importantes: “Tommy” (1969), “Who’s Next” (1971) e “Quadrophenia” (1973). No entanto, a apresentação começa com “I Can’t Explain” e”Substitute”(ambas de 1965), e chega em seu primeiro momento de euforia com “Who Are You” (1978), mais conhecida pelas novas gerações como tema da série CSI.

Certa vez, Mick Jagger disse que não se imaginava cantando “(I Can’t Get No) Satisfaction” (1965) com os Rolling Stones aos 40 anos. A letra de “My Generation” (1965), clássico absoluto da banda, fala sobre morrer jovem. Passado meio século, ambas as músicas não saíram das setlists de ambas das bandas e garantem momentos de euforia aos shows. Em seguida, o set mais calmo, com “Bargain” (1971) e “Behind Blue Eyes” (1971), cantada em uníssono pela plateia. “You Better You Bet” (1981) é a única canção dos anos 1980 a aparecer na setlist.

(Foto: André Bittencourt/Multishow)

A segunda metade do set principal contou com faixas como “I’m One”, “5:15” e “Love, Reign O’er Me”, todas de “Quadrophenia”, além de “Amazing Journey”, “Sparks”, o clássico “Pinball Wizard”, além de “See Me, Feel Me”, sendo estas de Tommy. E no fim, dois petardos onde Roger gira o seu microfone pelo fio como nos velhos tempos – “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again” (ambas de 1971). E se Pete não destrói nenhum de seus instrumentos, ao menos entrega movimentos que popularizou, como o girar do braço em 360° paralelamente à guitarra. Outro que merece uma menção honrosa é o baterista Zak Starkey, filho do ex-beatle Ringo Starr, que parece multiplicar-se no palco e não deixa a peteca cair mesmo nas frases mais volumosas e cheias de contratempos musicais como Keith Moon gostava.

Entre erros e acertos por parte do festival principalmente, o que a Cidade do Rock testemunhou foi um pouco mais de uma hora e meia da história do rock britânico sendo repassada a limpo. E a ausência da habitual “The Seeker” levantou suspeitas de uma possível surpresa de Roger e Pete no show do Guns N’ Roses. A conferir…

SETLIST:
I Can’t Explain
Substitute
Who Are You
The Kids Are Alright
I Can See for Miles
My Generation
Bargain
Behind Blue Eyes
Join Together
You Better You Bet
I’m One
5:15
Love, Reign O’er Me
Amazing Journey
Sparks
Pinball Wizard
See Me, Feel Me
Baba O’Riley
Won’t Get Fooled Again

O post Resenha: The Who repassa a história do rock britânico com show energético apareceu primeiro em Portal ROCKline | É só rock'n'roll!!!.


Fonte: http://ift.tt/2wdAXhR

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Enterprise Project Management